04 Inovações introduzidas em período de Guerra no nosso cotidiano - Parte 02

As Guerras sempre serão eventos de dores e sofrimento, porém, essas fomentam a indústria tecnológica, criando máquinas e serviços que acabam sendo incorporados pela população civil, anos ou décadas mais tarde.

Confira, a seguir, mais algumas invenções desenvolvidas durante esses períodos tensos e repletos de explosões:

1. Micro-ondas:

   
   

   Conheça a história do micro-ondas, essa milagrosa invenção que permite esquentar sua pizza amanhecida!!!

   
   

   

   Você sabia que o aparelho de micro-ondas que usamos em casa foi criado quase que por acidente? Durante a Segunda Guerra Mundial, uma das tecnologias essenciais para a detecção de aviões inimigos era o radar e um dos componentes era o que chamamos de magnetrons, cujo funcionamento envolve o uso de micro-ondas eletromagnéticas. 

   
   

   Um certo engenheiro que trabalhava numa das empresas que produzia os magnetrons resolveu comer um chocolate no trabalho e guardou a barra no bolso de sua calça. Logo, percebeu que trabalhar próximo aos radares ativos causava o derretimento do doce. Intrigado, fez uma série de experimentos e inventou o aparelho de micro-ondas para fins culinários. 

   
   

2. Silver Tape

   
   

   Nos anos 1940, quando os Estados Unidos lutavam na Segunda Guerra Mundial, uma mulher chamada Vesta Stoudt, que trabalhava na embalagem e inspeção de cartuchos, percebeu que era preciso encontrar uma solução mais eficiente para embalar o armamento.

   
   

   

   
   

   Haviam problemas que precisavam ser superados. Até então, era utilizado cera para fechar as caixas de munição e lacrar os cartuchos. Isso servia para que a umidade não entrasse e estragasse o material.

   
   

   Porém, desembalar as munições era um procedimento trabalhoso e, muitas vezes, isso acabava acarretando na morte de soldados. Ao demorar para desembalar os cartuchos, eles acabavam sendo baleados e mortos.

   
   

   Então, Veda discutiu com os supervisores do local em que trabalhava, a ideia de criar uma fita de tecido que fosse resistente à água. Sem um retorno, ela escreveu ao Presidente dos EUA Franklin Roosevelt, detalhando a sua proposta. Mandou também um diagrama desenhado à mão.

   
   

   Rooselvet considerou a ideia e depois a enviou-a para seu exército e para a Jhonson & Jhonson para que concebesse a fabricação.

   
   

   Os pesquisadores da divisão Permacell da Johnson & Jhonson descobriram como inserir uma tela, a duck cloth, entre a camada de polietileno e o adesivo de borracha da fira Scotch. Isso permitiu a criação de uma fita resistente e durável, capaz de repelir a água, assim como fazem as penas de um pato. 

   Graças a essa habilidade e por ter sido fabricada utilizando a duck cloth, a fita foi batizada de “duck tape”.

   
   

   A fita cumpriu muito bem a função de manter a munição seca. Mas, os militares encontraram muitas outras funções para ela, como remendar suas botas ou as tendas dos jeeps, cobrir as portas de armas dos aviões para redução do arrasto ao decolar, dentre outras.

   
   

   Com o fim da guerra, os fabricantes trocaram o verde militar utilizado na fita pelo tom prateado. A Silver Tape passou a ser anunciada como um tipo de solução genérica para uso doméstico em reparos de vazamentos nos sistemas de aquecimento e várias outras funções.

   
   

3. M&M's

   
   

   O doce? Sim, isso mesmo! O queridinho das crianças foi inventado especificamente para os soldados da Segunda Guerra Mundial. Chocolate já era uma parte tradicional das rações militares desde a Guerra da Independência dos Estados Unidos, devido ao seu alto teor calórico. 

   
   

   

   Foi durante a Segunda Guerra Mundial, porém, que os confeiteiros foram incumbidos de desenvolverem um chocolate que fosse fácil de transportar e que derretesse na boca, não na mão. Assim, foi criado o M&M. O bombom, contudo, só foi liberado para a população após o fim do conflito e do racionamento de chocolate. 

   
   

   

4. Aerossol

   
   

   A válvula que dispensa um jato de partículas sólidas de um produto que ficam suspensas em um meio gasoso foi patenteada pelo engenheiro norueguês Erik Rotheim, em 1927. Mas foi durante a Segunda Guerra que o governo dos Estados Unidos financiou uma pesquisa para desenvolver uma forma de pulverizar pesticidas em mosquitos transmissores da malária. Assim, em 1943, pesquisadores americanos desenvolveram um aerossol que podia ser pressurizado com gás liquefeito. A partir dele foi possível criar produtos como sprays de cabelo e desodorantes.