Enogastronomia, na minha opinião, um dos maiores prazeres da vida!
- Flávia Gomes Mourão

- 14 de set.
- 2 min de leitura
Quem aqui nunca ouviu falar que um queijo mole vai melhor com um vinho branco? Ou que aquela parrilha suculenta vai muito bem com um vinho tinto encorpado?
Enogastronomia nada mais é do que a “arte” de combinar vinho e alimentos para criar uma experiência única.
Brincamos que ao “misturar” o vinho e a refeição, entendendo e respeitando as características de ambos, se tem um terceiro sabor.

Para começarmos vou trazer alguns princípios básicos da Enogastronomia que são necessários para entender o processo mas não fiquem preocupados, vocês vão ver que eles são fáceis de guardar e, com o tempo, estaremos falando todos a mesma língua. Vocês nem vão lembrar que tiveram que decorar... fica automático com a prática.
Ahahahah, vocês não vão ter que ficar com aquela cara de superior olhando para uma taça como se soubesse mais que todos no mundo. Prometo. Mas se quiserem... fiquem a vontade também pois no mundo do vinho todos tem o seu espaço.
Vamos lá!!!
Harmonização por similaridade: ambos possuem atributos similares como estrutura – corpo do vinho versus peso da comida (carne vermelha X vinho tinto) ou mesma sensação – gosto do vinho versus gosto da comida (um vinho tinto com especiarias x um prato que também contenha especiarias).
Harmonização por contraste: vinho doce x comida salgada. Se você já provou vinho de sobremesa com queijo gorgonzola sabe o que estou falando. Se não, ótima sugestão para aquele jantar especial que você está preparando para receber a Tia que você mais gosta. Ela merece esse prazer.
A terceira coisa a se ter na cabeça é considerar componentes, aromas, textura e peso. Por exemplo, não há por que acompanhar uma refeição do dia a dia com um vinho complexo. Você irá perder o dois. O vinho irá se sobrepor a refeição e você também perderá a oportunidade de explorar todas as camadas que ele tem (sim, vinho complexos tem camadas e é um prazer infinito descobrir cada um deles).
Finalizando, mas não menos importante, é a regionalização. Os produtos que são reconhecidos tradicionalmente em uma determinada região vão se “ligar” com os vinhos produzidos naquela região. Meio que uma seleção natural...
Bem, é sobre isso que falaremos nesse espaço a cada 15 dias! Espero que vocês passem a amar (se já não amam) essa arte maravilhosa que é conhecer os alimentos, os vinhos e se sentar à uma mesa com pessoas queridas criando memórias afetivas que nos trazem a alegria de viver (assim eu penso).




Amei demais! Amo vinhos!